Drex, o Real Digital: O que você precisa saber
- 21 de jan.
- 3 min de leitura
Drex (sigla que remete a Real Digital eletrônico, com a letra "X" para passar ideia de modernidade, assim como no PIX) agora é o nome oficial da CBDC brasileira, conhecida anteriormente como Real Digital.

O Drex é o nome oficial da moeda digital brasileira, emitida pelo Banco Central do Brasil. Representando a versão digital do real, o Drex faz parte de uma iniciativa global para modernizar os sistemas financeiros e promover uma maior inclusão digital e financeira.
A Moeda Drex é uma versão digital do Real, mas com uma grande diferença: ela existe exclusivamente no ambiente online. Assim como as moedas que você usa no dia a dia, a Drex será garantida pelo Banco Central, o que significa que terá o mesmo valor que o Real físico. No entanto, em vez de ser impressa, ela será 100% digital, sendo gerada e controlada dentro de uma rede financeira segura e criptografada.
Diferentemente das criptomoedas como o Bitcoin, o Drex é centralizado, regulamentado e lastreado pelo governo brasileiro. Isso facilita as transações, porque o dinheiro digital pode ser transferido de forma instantânea e sem as limitações do papel.
A moeda digital está inserida em um ambiente de blockchain, utilizando tecnologias de registro distribuído para oferecer mais transparência e segurança nas transações.
Aqui elencamos os pontos positivos e negativos da moeda digital:
Pontos Positivos
Maior inclusão financeira: O Drex facilita o acesso a serviços financeiros para populações desbancarizadas ou com acesso limitado a instituições financeiras tradicionais.
Redução de custos: As transações com Drex podem ser mais baratas, tanto para consumidores quanto para empresas, ao eliminar intermediários em certos casos.
Transparência e rastreabilidade: O uso de blockchain permite acompanhar cada transação, ajudando a prevenir fraudes e lavagem de dinheiro.
Velocidade em pagamentos e liquidações: A tecnologia pode permitir transferências quase instantâneas, reduzindo os prazos de liquidação de pagamentos.
Integração com inovações tecnológicas: O Drex pode ser integrado com contratos inteligentes (smart contracts), permitindo a automação de processos financeiros como pagamentos condicionais.
Pontos Negativos
Privacidade limitada: Embora o Drex use blockchain, o sistema é permissionado, o que significa que as transações podem ser monitoradas pelo Banco Central, levantando preocupações sobre privacidade.
Desafios de implementação: Como uma tecnologia nova, pode haver dificuldades técnicas, falta de infraestrutura em algumas áreas e resistência à adoção por parte da população.
Potencial exclusão digital: Populações sem acesso à internet ou dispositivos eletrônicos podem ter dificuldades para acessar e usar o Drex.
Riscos de centralização: Por ser gerido pelo Banco Central, a moeda digital não oferece o mesmo grau de descentralização de criptomoedas tradicionais, o que pode desagradar usuários que valorizam autonomia financeira.
Análise das Funcionalidades
O Drex representa um avanço significativo no sistema financeiro brasileiro, trazendo funcionalidades que podem modernizar e simplificar a economia do país. Sua integração com contratos inteligentes abre portas para aplicações inovadoras, como o pagamento automático de seguros, empréstimos e serviços públicos baseados em condições predefinidas.
Por outro lado, o sucesso do Drex depende da aceitação do público, da superação de desafios tecnológicos e da criação de políticas robustas para proteger a privacidade dos usuários. Além disso, será essencial garantir que a população mais vulnerável tenha acesso às ferramentas digitais necessárias para utilizar essa tecnologia.
Vale lembrar: O Drex ainda está em projeto piloto e, em maio de 2024, o BC começou o teste da interação com a compra e venda de títulos públicos federais com a moeda digital.
Para isso, os títulos precisarão ser tokenizados e inscritos na mesma DLT na qual está o Drex. Uma vez que isso aconteça e o uso público estiver liberado, um dos usos previstos é que seria possível comprar e vender títulos públicos com a moeda digital sem passar, necessariamente, pela intermediação de uma corretora.
Entenda as diferenças:
Portanto, um dos possíveis impactos para o ecossistema do mercado de capitais é a ressignificação dos papéis dos agentes, com a diminuição da intermediação.
Conforme ações, precatórios, debêntures e outros produtos financeiros forem tokenizados, a negociação direta entre quem quer vender e quem quer comprar será possível, lembra Perfeito. A compra de títulos internacionais também é favorecida pelas CBDCs, o que significa transações transfronteiras sem atrito, velozes e com menos intermediários.
.png)




Comentários